9 de fevereiro de 2015

Nota da Diretoria da Associação Brasileira de Ensino do Direito – ABEDi – em apoio à luta dos professores da Universidade Cândido Mendes (UCAM)

A diretoria da Associação Brasileira de Ensino do Direito (ABEDi), instada por professores da área jurídica, empregados da Universidade Cândido Mendes (UCAM), vem em público manifestar sua preocupação com aquela centenária instituição educacional carioca, bem como apoiar a luta dos docentes em suas relações de trabalho. Os docentes da UCAM decretaram greve local, com apoio do SINPRO-RIO – Sindicato dos Professores do Município do Rio de Janeiro e Região. A diretoria da ABEDi apoia os colegas e o sindicato local na tentativa de diálogo com a instituição.

É notório o problema relacionado à gestão do pessoal docente nas instituições de ensino superior privadas. Ano após ano, as notícias de demissão em massa se repetem. Ainda, o caso ocorrido com a Universidade Gama Filho e o Centro Universitário da Cidade do Rio de Janeiro assombram o pessoal docente, técnico e administrativo das várias IES. A ABEDi não é indiferente à preocupação desses trabalhadores, nem tampouco aos receios dos alunos, diretamente atingidos por tais problemas. Considera a diretoria que a baixa preocupação com uma carreira docente profissionalizada pode parecer um problema exclusivamente atinente aos professores; contudo, tal problema é negativamente influente em todo o processo educacional.

A Associação Brasileira de Ensino do Direito (ABEDi) sempre esteve preocupada com esses problemas, tendo em conta que essas questões fazem – e devem continuar fazendo – parte do cotidiano do movimento docente sindical. A ABEDi não é uma entidade sindical e, sim, uma associação científica. Não obstante, a diretoria da ABEDi acredita que as sociedades científicas devem apoiar os processos de manutenção de direitos trabalhistas dos docentes e dos pesquisadores, bem como do pessoal da atividade-meio das IES, uma vez que eles são cruciais para que seja garantido um processo educacional pleno, com a real concretização dos direitos constitucionais firmados na Carta Política de 1988, em prol do ensino, da pesquisa e da extensão.

A DIRETORIA, em 9 fev. 2015.